CONTROLADORIA JURÍDICA: O QUE É E QUAL A SUA VANTAGEM PARA OS ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA

No cenário atual, muitos escritórios de advocacia já possuem a Controladoria Jurídica, no entanto, muitos advogados ainda não sabem exatamente qual é a sua função e como a Controladoria pode ser implantada. Por tal razão, esse artigo fará uma breve explanação sobre esse setor tão importante e que resulta em um diferencial na prestação de serviços.

Várias são as atividades desempenhadas pelos advogados diariamente:  verificar publicações, agendar prazos, solicitar diligências, emitir guias judiciais, fazer relatórios, providenciar documentos, realizar audiências, elaborar e protocolar petições são atividades corriqueiras que demandam tempo e requer atenção. Diante de tantas tarefas e compromissos se faz imprescindível ter uma organização e é nesse momento em que entra a Controladoria Jurídica.

Localizada dentro do escritório, a Controladoria Jurídica visa centralizar os procedimentos internos, dando um suporte técnico aos advogados. A Controladoria será responsável por realizar as atividades administrativas e operacionais referentes a gestão dos processos, como por exemplo:  verificar publicações, solicitar diligências, contratar correspondentes, controlar os prazos, realizar protocolos, etc. Todas essas atividades ficarão sob sua responsabilidade e não do advogado.

A partir do momento em que essas atividades são centralizadas na Controladoria, é possível obter um maior controle dos prazos e diligências e o mais importante, permite que o advogado foque na definição da estratégia, no peticionamento e no atendimento ao cliente.

A Controladoria Jurídica não é importante apenas para os escritórios grandes. Escritórios pequenos e de médio porte também devem inserir a Controladoria, pois ela trará organização e padronização das atividades, otimizará tempo, aumentará a eficiência e a segurança na execução dos trabalhos.

O tamanho da equipe vai variar de acordo com a demanda de cada escritório, sendo possível que, em se tratando de um escritório pequeno a Controladoria Jurídica poderá ser constituída por apenas uma pessoa, denominado de Controller, o qual ficará responsável por realizar todas essas atividades.

Por sua vez, um escritório de médio e grande porte deverá contar com uma equipe maior. Nesse caso, o ideal é contratar uma pessoa que já tenha conhecimento na área jurídica (bacharel em direito ou advogado) para preencher o cargo de Controller. Sua função vai consistir em dividir e conferir as atividades, bem como auxiliar os demais membros da equipe, que poderá ser formada por estagiários e/ou assistentes jurídicos.

Vale ressaltar que a Controladoria Jurídica não traz renda para o escritório, mas ela contribui para o aumento do faturamento do mesmo, haja vista que permite que o advogado tenha mais tempo para se dedicar as causas, colaborando, dessa forma, para o aumento da sua produtividade.

Posto isso, a Controladoria Jurídica é um investimento que vale a pena, tendo em vista que a implementação deste setor traz inúmeras vantagens para os escritórios e o mundo corporativo em geral, permitindo apresentar um serviço de qualidade, transparência e eficiência.

Ana Cláudia Pereira Garcia- OAB/PR 72.686

Advogada responsável pela controladoria jurídica no escritório Motta Santos & Vicentini Advogados Associados.

A EMPRESA NA PLATAFORMA DIGITAL

É tendência mundial que empresas que buscam um lugar de destaque no mercado se voltem para soluções tecnológicas como meio de redução de custos e atingimento ilimitado de clientes. Neste cenário, as plataformas digitais atraem cada vez mais a atenção de investidores e empresários dos mais diversos setores.

Explico: o objetivo comum de uma empresa é a necessidade de aquisição de novos clientes. Uma empresa no modelo, por assim dizer, até então, “tradicional”, sediada fisicamente em determinado endereço possui uma clientela limitada. Muito provavelmente os usuários do serviço prestado são pessoas próximas ao local da sede empresarial. Isso não quer dizer que essa empresa não tenha clientes de outra cidade ou outro estado. Ela tem, entretanto, esse número é muito menor.

Porém, a empresa desenvolvida na plataforma digital aumenta as possibilidades de negócio, oferecendo um diferencial competitivo, conectando pessoas dos mais variados estados e países. A internet não possui fronteiras quando relacionada aos seus usuários, a velocidade com a qual atinge em pouquíssimo tempo milhares de pessoas é diretamente favorável à atividade do empresário.

Você pode até não saber, neste momento, o que é uma plataforma digital, mas fique seguro de que você as utiliza diariamente para quase tudo na sua vida. O conceito de plataforma digital embora venha evoluindo pode ser sintetizado como um ambiente interativo cuja premissa definida é conectar duas partes ou grupos de usuários, ambos com interesses comuns.

Dito em outras palavras, ela funciona como facilitadora de relacionamento, aproximando produtores e consumidores. É um modelo de negócio que permite a conexão entre a empresa que oferece a venda ou prestação de determinado serviço e, de outro lado, o usuário que busca justamente aquilo que a outra parte dessa cadeia de interação está oferecendo.

 Os exemplos mais famosos de plataformas sociais disponíveis na web, as quais já vêm ganhando contornos negociais são o Facebook, Instagram e o Twitter. São ambientes que viabilizam a comunicação e interação social na internet cujo número de anunciantes e expansão de funcionalidades e prestação de serviços vem ganhando bastante espaço. Quantos prestadores de serviços você tem em sua rede do Facebook e Instagram?

Empresas famosas nesse formato ganham cada vez mais adeptos, dentre elas podemos destacar o Amazon, Mercado Livre, Uber, Spotify, AirBnB, entre outros. Aqui importa salientar que o Uber oferece serviços de transporte de pessoas sem, no entanto, possuir uma frota ou um único veículo de sua propriedade. O AirBnB oferece serviços de acomodação e hospedagem, entretanto, não é proprietário de nenhum dos imóveis com os quais desenvolve a sua atividade.

A empresa na plataforma digital é, sem dúvidas, um modelo inteligentíssimo de negócio. É, além de inovador, um meio propício ao desenvolvimento de novos produtos e serviços voltados à entrega de uma melhor relação e satisfação entre prestadores de serviços e consumidores.

As plataformas digitais apesar de serem utilizadas para angariar clientes, gerar receitas e reduzir custos, precisam gerar confiança com termos e condições claras em relação à propriedade intelectual e à coleta de dados confidenciais, proporcionando segurança e garantias para quem utiliza essa rede.

Enquanto o empresário está atento a esse modelo de negócio, o advogado empresarial precisa estar preparado para a prestação de uma assessoria jurídica eficaz voltada a minimizar os riscos da atividade empresarial tecnológica.

Mirielle Netzel – OAB/PR 56.321

Advogada sócia e coordenadora cível do escritório Motta Santos & Vicentini Advogados Associados, especialista em carreiras jurídicas.